Vinha eu a sair do shopping quando me deparo com a seguinte cena: junto ao balcão do Mr. Parking um homem gritava com toda a força que tinha com o empregado. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa de grave, que lhe tivessem batido no carro, riscado uma porta, partido um farol... sei lá, qualquer coisa de relevante. Contudo (eu bem que tentei não ficar a ouvir a conversa, mas ouvia-se do outro lado do parque de estacionamento) o grande problema do senhor era deixar a chave do seu porche com o empregado.
"Acha que eu vou deixar-lhe as chaves DE UM PORCHE?" perguntava ele com um ar superior e altamente indignado.
Eu já estava a ver que aquilo ia dar pancada no final. O homem lá do alto do seu metro e sessenta refilava com o empregado e dizia-lhe que ele ainda lhe podia levar o carro ou assaltá-lo ou qualquer coisa do género. O empregado, no seu metro e noventa, altamente musculado ia perdendo a paciencia (e meio shopping a assistir à cena).
Infelizmente para os espectadores que já pediam uma réplica do Rambo apareceu o segurança que explicou ao senhor que sem deixar as chaves não podia deixar o carro lá estacionado (coisa que o empregado do Mr Parking já tinha explicado 400 vezes e ele não tinha percebido). Mas pronto, como é diferente discutir com o empregado do Mr Parking ou com um segurança (mesmo quando o empregado tem um corpo hipermusculado com um metro e noventa) o homem lá deixou de fazer fitas e foi arrumar o seu porche noutro lugar para ficar com as suas chavezinhas na mão.
1 comentário:
Sentir tudo de todas as maneiras. :) o Álvaro de Campos é que a sabe toda.
Quanto ao sr do Porshe. Pois há gente assim, parva e com a mania.
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