sábado, 4 de dezembro de 2010

Da semana

O meu carro vai ser promovido a lugar comum. Agora já só é preciso dizermos umas às outras: "queres ir ao carro?" e já sabemos o grau de gravidade do problema.
Estou mesmo a ponderar fazer cópias das chaves do carro e distribuí-las pelo pessoal da faculdade. É que para todos aqueles que ainda tinham alguma dúvida, o prof de saúde mental fez o favor de esclarecer na última aula que a nossa vida como futuros médicos será "uma p*t* de uma vida" (espero que ele não diga isso aos pacientes dele que fazem ameaças de suicídio).
Mas não era disso que vinha falar-vos hoje, até porque neste momento a minha vida não se assemelha sequer um pouco à descrição do prof de saúde mental, estou muito bem disposta, é quase NATAL:D
Vinha falar-vos das nossas aulas de introdução à clínica.
Cada vez mais admiro os médicos que efectivamente sabem utilizar um estetoscópio como deve de ser e sabem ouvir aquilo que efectivamente se passa "lá dentro".
É que se a auscultação cardíaca foi catastrófica a pulmonar foi pouco melhor.
Tudo começa quando na descrição de um dos sons nos dizem que o som tal se assemelha a um "polichinelo". Mas o que é que eles acham? Não só não percebemos nada do som como ainda não sabemos o que é um polichinelo. Sentimo-nos duplamente burros! (mas fui logo ver o que era quando cheguei a casa)
Depois vêm as outras descrições:
"Este é uma porta a ranger"
"Este é o fogo de artifício"
"Este é uma pomba afónica"
"Este é quando se bebe o leite pela palhinha"
"Este é a trovoada ao longe"
"Este é uma pessoa a sentar-se e a levantar-se de um sofá"
E isto até parece giro-e-fácil-e-é-só-dar-lhe-o-nome-certo-depois mas desenganem-se!
Assim que se põem um som nas colunas para todos ouvirmos começa logo a cena de quase pancadaria:
"É a porta", "Não é nada, é a trovoada", "Qual trovoada qual quê, é mas é a palhinha" até chegarmos à conclusão de que não é nada e é só uma respiração normal.
É um drama é verdade, neste momento a respiração normal já não me parece normal de todo e a minha decididamente também já foi mais normal. Depois de 2 horas a ouvir diferentes respirações uma pessoa fica meia avariada.
Portanto e só para concluir isto: Um dia, muito em breve (de preferência até ao OSCE de introdução à clínica no fim de Janeiro) eu vou estar pró a distinguir os sons. Até lá vou-me divertindo com as nossas aulas.

1 comentário:

' disse...

Também fui ver o que era um polichinelo :P

Daqui até Janeiro vamos saber na perfeição todos os sons do OSCE e vamos chegar lá e ter um notão :) Este é o ano das nossas vida, Joana Santos! :D