Enquanto atravessavamos o Eixo Norte-Sul a caminho de casa da IL vinhamos a cantar (ou a berrar) o "Turpentine" da Brandi Carlile. E enquanto gritavamos "I know we're growing up" olhei para as caras dos meus colegas e apercebi-me de que realmente we are growing up.
Ontem combinamos e fomos todos fazer melhoria de nota no último exame (agora mesmo que me passe uma coisinha má pela cabeça já não há melhorias para fazer). Não fomos por acharmos que iamos melhorar porque se quando fizemos o exame pela primeira vez a verdade é que já sabiamos pouco, desta vez foi ainda pior porque não voltámos a pegar nos livros. A verdade é que fomos fazer o exame porque era o único bom pretexto para quem é de fora ficar cá até ao fim-de-semana e podermos fazer a nossa noite todos juntos, agora sim com o primeiro semestre completamente acabado.
Fomos às compras, fizemos o jantar, arrumámos a casa, tudo como gente grande. E depois... Karaoke como gente grande... Bem, na realidade foi mesmo como crianças. A excitação era tal que parecia que nunca tinhamos visto um microfone à frente.
Falámos, rimos, tirámos dezenas de fotografias, contámos as nossas aventuras desde que entrámos na faculdade (desde que eramos uns caloirinhos). É giro ver que, apesar de não termos tido ainda muito contacto com os pacientes, já todos temos histórias para contar, quer do estágio no centro de saúde do ano passado, quer do estágio no hospital, quer as histórias dos transportes públicos (sim porque quando alguém mete conversa connosco nos transportes públicos e vem à conversa que somos estudantes de medicina já se tem assunto para a viagem toda, e claro, montes de histórias para depois partilhar em noites como a de ontem).
Já às 3:00 decidimos sair do Karaoke e voltar para casa. Eu, como tinha levado o carro, andei a fazer a distribuição. Mas nem me importei porque foi da maneira que tive companhia para o caminho de regresso que foi horrível. No caminho para casa do P. e do R., em Sete Rios, apanhei tanta chuva, mas tanta chuva, que eu acho que nunca tinha estado num carro com uma chuvada daquelas. Confesso que tive muito medo. Inclusivé medo de que o carro de afundasse, porque a altura de água em algum mas zonas era mesmo grande. Felizmente o meu carrinho esteve à altura, e mesmo sem conseguir ver muito mais do que um palmo à frente dele lá nos levou sãos e salvos até às respectivas casas.
Sentimo-nos crescidos mas brincámos na mesma como se fossemos crianças. Foi muito bom.
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