Discutiam-se autobiografias. A verdade é que todas (quase todas) as que lemos eram bastante interessantes, todas elas cheias de pormenores escondidos por detrás de cada palavra. Cada frase contava um episódio, um momento, um sentimento… a autobiografia não era mais do que um somatório de todas estas imagens que nos eram passadas. Se eu fizesse uma autobiografia teria por certo umas 200 páginas (e ainda tenho tão poucos aninhos…) e até que sou bastante objectiva! Por lá passariam imagens felicíssimas, momentos inesquecíveis passados sozinha e outros acompanhada. Imagens não tão felizes, de perdas, de lágrimas, de dor… sozinha e na maior parte das vezes acompanhada. Haveria muitas imagens, cada uma de seu tipo, mas todas elas, inclusive as relativas aos meus sentimentos, seriam bastante claras e objectivas. Praticamente telegramas. O dia de hoje, seria muito provavelmente a primeira imagem desfocada, o primeiro parágrafo (capítulo?) que nem eu conseguiria entender quando lesse porque não é de todo claro.
Preciso de tempo para pensar…
5 comentários:
Há dias assim. E servem apenas e só para nos fazer dar valor aos outros...
Kiss
«Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.» F.Pessoa
... a reflexão é necessária até para os textos de carácter autobiográfico!
(Com que então autobiografias... parece-me que a memória teve muito mais interesse!)
Ianita, e a parte gira (ou não tão gira assim, mas pelo menos mais curiosa) é que a imagem está tão desfocada que ainda hoje (que já passaram umas horas) continuo sem saber se foi ou não um dia bom... o tempo o dirá.
Querida "É a Hora!", já ouvi dizer que sim, que estudar a memória teria sido muito mais rentável... digamos que o meu companheiro de estudo não me informou de que se tinham lido memórias (posso estrangulá-lo, posso?)
Beijinho grande
Nem pensar, a referência foi sempre a «Textos de carácter autobiográfico», tema que mereceu uma "ficha-maravilha".
E cá para nós, que ninguém nos ouve, não era a tipologia que interessava (autobiografia, memória, enfim..., de que interessam os rótulos), o importante é sempre saber ler e usufruir os textos, verdade?
Querida "É a hora!"... cá para nós que ninguém nos ouve acho que alguém deve ter perdido essa tal ficha hihi. De qualquer forma concordo. Pouco importa o rótulo do texto.
beijinhos com saudades
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