Ontem fui ao concerto do Anselmo Ralph às Festas do Mar.
Já não me lembro quando foi o último ano em que não fui ao último dia destas festas. E por isso mesmo, apesar de não ser a maior fã do Anselmo, acabei por ir pelo convívio, pelo fogo de artifício (que adoro), e já agora porque a cavalo dado não se olha o dente (porque pagar para ir ver o Anselmo Ralph já me custava, mas assim de graça pareceu-me bem).
Chegámos em cima da hora do concerto e o grupo acabou por se separar no meio da multidão. Nunca tinha visto a baía assim. Nada que não estivessemos já à espera. Tinha-se antecipado que lá estivessem 90.000 pessoas. Não deve ter andado longe disso.
Tinha lido sobre o "meet", e por isso estava alerta. O concerto foi bom, não me senti minimamente insegura enquanto lá estive (senti-me como uma sardinha em lata, mas segura) e tive o bom senso de me pôr a andar dali para fora quando comecei a achar que os ânimos se estavam a exaltar e que podiam começar a haver problemas. À saída da baía cruzámo-nos com a polícia de intervenção (havia MUITA polícia nas festas, ao contrário do que já ouvi nas notícias) e acabámos por decidir ir mesmo para casa ainda antes do fogo de artifício por precaução.
Agora vamos àquilo que me impressionou verdadeiramente. Não foi o facto de a baía estar tão cheia (já sabia, foi noticiado a semana toda que esperavam 90.000 pessoas). Não foi o terem havido desacatos e ter havido pessoal a levar facadas (já sabia que ia acontecer. Aliás, assim que estacionámos o carro disse ao Namorado que teria sido um dia excelente para fazer urgência de cirurgia no Hospital de Cascais porque de certeza que ia haver muita coisa para fazer, inclusivé facadas. Não me enganei).
Aquilo que me surpreendeu foi a quantidade de crianças que lá estavam. E quando digo crianças não estou a falar das miúdas e dos miúdos de 13 anos que acham que já são crescidos e que vão sair à noite ao concerto sozinhos. Estou a falar de crianças pequenas. Bebés. 2 anos. 3 anos. Até passou uma senhora à minha frente no meio da confusão com um bebé ao colo que não teria mais de 3 meses. A minha pergunta é: O que é que passa na cabeça destes pais? O que é que leva adultos teoricamente responsáveis a levarem bebés de colo a um concerto com 90.000 pessoas onde se prevê que venha a haver confusão? Ainda por cima a furarem entre a multidão com miúdos ao colo! Que eles queiram ir e não se importem de arriscar eu percebo. Eu fiz o mesmo. Acreditei (talvez ingenuamente) que por estar "em casa" saberia sempre como me desenrascar se as coisas dessem para o torto. Mas jamais levaria uma criança comigo. Muito menos um bebé.
Há gente louca. E que bate a pontos os tipos do "meet".
1 comentário:
Esses pais nao tem nada na cabeca! Se o nenem pudesse falar alguma coisa, ele diria: "Leva-me para casa seus tontos! Eu quero dormir!"
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