quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Lanterninha

Jo às 2 da manhã: Ar importante, bata vestida, a falar com doentes, a discutir coisas com os médicos, a dar opiniões (ou certezas, que quando não tenho a certeza fico bem caladinha para não parecer estúpida. É o segredo).
Jo às 2:30 da manhã: À procura do carro num beco sem iluminação algures ao pé do hospital, ainda de bata vestida, com um frio de rachar, a usar a lanterninha de ver gargantas dos doentes para tentar ver alguma coisa.
Jo às 2:40 da manhã: A pensar que há duas pessoas mesmo ao pé do carro dela e que vai na volta estão ali para a roubar, violar, raptar e eventualmente assassinar depois. A ordem não teria de ser necessariamente esta. A pensar também se quem quer que fossem seriam capazes de fazer alguma coisa a uma pessoa com bata vestida.
Jo às 2:43 da manhã: Apercebe-se de que a passear-se por um beco sem iluminação a essas horas a iluminar o caminho com uma lanterna de ver gargantas está mesmo a pedi-las.
Jo às 2:44 da manhã: Entra no carro, tranca as portas e vem para casa. E não, não aconteceu nada. (Confessem lá que já estavam à espera de um autêntico fim de policial...)

4 comentários:

' disse...

Por essas e por outras é que quando fico até tarde no hospital volto apra casa de táxi.

Morce disse...

Pá, óbvio.. isto assim não teve piada nenhuma, por amor de deus!

Jo disse...

Não ', tu voltas de táxi porque não queres trazer o carro para a civilização...
Morce, peço desde já desculpa, da próxima vez vou tentar ser esfaqueada ou assim

A Minha Essência disse...

Bom ano Jo. Tudo de bom! :)