sábado, 24 de novembro de 2012

Assim vale a pena

Depois de uma semana de correria, daquelas em que tenho um milhão de coisas para fazer, outro milhão de coisas para estudar, com duas aulas para preparar e dar, e em que claramente cheguei ao final com a sensação de que deixei pelo menos meio milhão de coisas por fazer, recebo este e-mail de uma das "minhas" alunas:

"Deixa-me só que te diga, és a pessoa mais fixe que existe!!!!  A melhor monitora-em-vias-de-ser-professora do mundo!!! :D :D :D"

Não sei se algum dia serei professora realmente. Mas de qualquer das formas, assim vale a pena.
Pelo menos uma das coisas que tinha para fazer do meio milhão ficou aparentemente bem feita.

E agora vou voltar ao estudo, que este semestre é no mínimo demoníaco.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O lado positivo da greve

É mesmo o ter podido ficar o dia todo em casa a pôr o estudo em dia (ou a tentar) e poder fazer o meu lanche de inverno: uma chávena de leite gigante com o leite a ferver (sim, IL, eu sei... O meu esófago não vai ter um final feliz...).

domingo, 11 de novembro de 2012

UCIN

Hoje passei grande parte do meu dia numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal.
Vi um recém-nascido morrer à minha frente, vi tentarem reanimá-lo durante 20 minutos sem qualquer êxito (porque sim, por mais que queiramos a medicina não faz milagres); vi um outro, o recém-nascido mais pequeno que alguma vez vi, menos de 800 gr de pessoa, e que, sinceramente, não acredito que ainda lá esteja agora que estou a escrever este post.

Vim para medicina para salvar pessoas, de certa forma por acreditar que talvez um dia consiga de vez em quando fazer uma espécie de milagre, e fazer a diferença.
Hoje foi daqueles dias que simplesmente serviu para me mostrar que por mais que faça, por mais que estude, por mais protocolos que siga, simplesmente há coisas muito para além dos nossos "pequenos milagres". E tenho a dizer-vos que isso me corrói por dentro.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quando eu for grande

Sempre que sei que vou ter aula prática e que vou ter de andar por um serviço lá do hospital a primeira coisa em que penso é nos meus ténis ou nas minhas botas "todo o terreno".
Não consigo pensar sequer em ir de saltos altos, como algumas colegas minhas que de repente de um dia para o outro parece que cresceram uns 10 cm.
E menos ainda ir de vestido ou de saia. Começo logo a pensar que no dia em que isso acontecer alguém me vai vomitar directamente para as pernas... (Eu sei que estando de calças não é estupidamente melhor, mas sinto-me muito mais protegida). E fica tão gira a bata por cima de um vestido...
Pode ser que estas manias me passem "quando for grande". Felizmente a história dos saltos não é problemática. Os meus 1,74m de altura dão-me uma vantagem considerável em relação à maioria das outras colegas.